quarta-feira, 26 de maio de 2010

Halloween and Zombie


Tenho um certo medo de versões e refilmagens de filmes antigos. Acho meio errado mexer nos filmes que marcaram minha infância, mas essa semana resolvi tirar uma dúvida e fui ver a refilmagem que Rob Zombie fez de Halloween. Na verdade, o filme é mais uma reinterpretação da estória do que um remake. O caso é que não posso dizer que gostei. Primeiro porque, como já deve ter dado pra perceber, sou uma amante do terror antigo, e não acho que um cineasta maluco deve sair por aí refilmando e quase sempre estragando os clássicos.
Além disso, os fãs de Zombie que me perdoem, mas eu o acho previsível demais. Observe: em todos os filmes dele ninguém presta, as pessoas se dividem em pervertidas, ambiciosas, alcóolatras e drogadas. Isso, quando não há um personagem cabeludo, barbudo, nojento e mal lavado que agrupa todas as belíssimas características, além de, quem sabe, calhar de ser pedófilo.
Para melhorar ainda mais a sofrível situação, Rob Zombie vem e, num raio de criatividade, cria o perfil de um assassino que tem justificativas para ser um psicopata maluco: ele sofreu muito quando era criança porque (olha só que coisa) a mãe era stripper numa casa noturna, o padrasto era o maluco barbudo que Zombie tanto adora, e o moleque vivia rodeado por esses e outros personagens encantadores.
Incomoda para mim, como fã da série, ver Rob Zombie dando um rumo completamente diferente à estória. Mas o que mais marca no filme é a falta de criatividade do diretor e roteirista. A mudança brusca poderia ter passado, se ele tivesse conseguido amarrar o roteiro, que acaba sendo fraco, entrando na caixa de bombas como 'Lenda Urbana' e derivados. Talvez a única salvação do filme seja a atuação de Malcom McDowell, que sustenta muito bem o papel de Sam Loomis, o psiquiatra de Michael Myers.
Ainda não tive a oportunidade de assistir o último filme de Zombie, 'The Haunted World of El Superbeasto', e para falar a verdade, nem sei do que se trata, mas a menos que eu esteja enganada, ele vai seguir a mesma linha e, se duvidar, com os mesmos atores e personagens dos anteriores. O que falta ao tenebroso Mr. Zombie é um bom tempo de férias, para ter ideias novas e fugir da previsibilidade em que ele tem caído.

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